Brilho eterno de um coração laranja
Ou relatos de 2 anos e 6 meses de casados.
Ingrid me faz ter inspiração em dias sem criatividade. Lembrar e escrever sobre a maravilhosa fase que vai vivendo o nosso Botafogo de Futebol e Regatas é fácil. Difícil é lembrar e escrever sobre cada um dos 851 dias que vivemos nesses 2 anos e 6 meses de casados. Já escrevi algumas vezes por aqui durante esse tempo e agora tenho mais coisa pra registrar.
Inconscientemente, passamos a ter uma relação com o emoji de coração laranja 🧡 desde que começamos a pensar no casamento.
Escolhemos a cor laranja pra compor uma parte do convite, o vestido das madrinhas, algumas flores no buquê, a gravata borboleta que usei, além de parte da decoração da festa. De modo que volta e meia mandamos um coração laranja um pro outro em mensagens românticas.
Talvez não tenha ficado claro pro leitor/leitora durante os últimos tempos (não lembro se já escrevi sobre isso aqui), mas minha linguagem do amor é palavras de afirmação. E Ingrid sabe falar minha linguagem muito bem. Eu tenho me esforçado para também falar a linguagem dela (qualidade de tempo). Frases como “tá bom, qualidade de tempo, eu vou ficar aqui com você!” fazem parte da rotina.
Também estamos com duas outras atividades que tentamos inserir na rotina. A primeira é montar um quebra-cabeças de 750 peças. E a segunda é jogar tênis. Na verdade, estamos nos esforçando para manter e aumentar a frequência de realização dessas atividades.
Demoramos alguns dias para concluir a montagem do quebra-cabeça e percebemos que apesar de divertido, precisaremos de mais organização da próxima vez. O ponto negativo foi descobrir que veio faltando uma peça!!! Você pode imaginar nossa frustração de ver uma imagem colorida toda encaixada em formato retangular em cima da mesa, mas contendo um pequeno vazio em determinado lugar?! Pois é, foi triste. Além de mais organização, precisaremos solicitar a peça que está faltando. Porém, mesmo com essa falta, gostamos e essa atividade serviu pra nos entreter.
Com relação a jogar tênis, também está sendo prazeroso. Diferente do quebra-cabeças, já praticamos mais de uma vez. Naturalmente, o esporte exige muito de quem pratica, mas Ingrid tem aprendido muito bem. Na aula de ontem eu fiz ela correr um pouquinho a mais e ela acabou sentindo umas dores que me deixaram preocupado. De toda forma, pretendemos continuar.
Nesse movimento de ensinar e aprender, eu tenho aprendido muito com ela. Enquanto eu descascava uma manga ontem, por exemplo, eu pensava o tanto que preciso melhorar em habilidades manuais. Fiz esse comentário com ela enquanto eu estava na pia e lembrando que, apesar de cozinhar rotineiramente, também tenho dificuldade de fazer uma boa tapioca como ela faz. Fui levado a pensar no momento em que precisarei trocar uma fralda de bebê futuramente (será?) e conclui que sim: preciso melhorar minhas habilidades manuais.
Então faremos assim, seguirei ensinando Ingrid a melhorar no tênis e ela seguirá me ensinando fazer uma boa tapioca.
Aliás, já temos nos entendido muito bem quando o assunto é dividir as tarefas na cozinha. No Dia das Mães desse ano ela fez o churrasco e eu fiz o feijão tropeiro. Nossas mães, nós e todos que almoçaram conosco naquele domingo adoraram.
Se teremos êxito em continuar fazendo atividades físicas juntos, montando quebra-cabeças, cozinhando, vendo o Botafogo vencer e ser campeão, só o tempo vai dizer.
Mas é fato que lembrando, mesmo de forma rápida, dos 2 anos e 6 meses que vivemos juntos, só posso agradecer e tentar retribuir todo bem que ela me faz.
